quinta-feira, 17 de maio de 2012

RECORDAR É REVER: TRILOGIA MAD MAX.

Trilogia australiana redifiniu o sub-gênero apocalíptico e lançou Mel Gibson ao estrelato.

Entrando em cartaz nos cinemas brasileiros neste fim de semana com Plano de Fuga, tentativa de reerguer sua carreira atualmente em crise, Mel Gibson foi lançado ao mundo, em grande estilo, em 1977 com Mad Max, terceiro filme de sua carreira e seu primeiro grande sucesso. Com orçamento bem reduzido, o diretor George Miller nos presenteou com uma obra-prima do gênero ficção científica, praticamente reinaugurando e redifinindo o sub-gênero apocalíptico, sendo até hoje bastante imitado (destas imitações destaque para Crepúsculo de Aço, estrelado pelo saudoso Patrick Swayze (18/08/52 - 14/09/09) e Cyborg: O Dragão do Futuro, produção "C" Made in Cannon, estrelada por Van Damme) e de quebra, revelou o talento de Gibson, que  a partir deste filme conheceu o estrelato. A trama se passa num futuro não muito distante, o mundo vive uma crise por causa da falta da gasolina, e onde as pesssoas se matam para obter o tão precioso produto. Max (Gibson) é um jovem policial rodoviário que junto com os seus companheiros, combatem as violentas gangues que tomaram conta do mundo. O bom moço que só quer cumprir o seu serviço honestamente e voltar para casa para curtir sua linda esposa e bebê muda, quando num dia de folga, a  família é atacada por uma gangue, que assassina mãe e filho. Max deixa  a lei de lado, e parte com tudo para detornar com os assassinos.

O orçamento nítidamente reduzido é superado por um excelente e criativo roteiro e uma competente direção, que diblou a grana curta com muita criatividade, nos presenteando com uma obra-prima, um verdadeiro clássico da sétima arte. O resultado não poderia ser melhor já que o filme, merecidamente, arrebentou nas bilheterias, inaugurando uma trilogia bem acima da média. Gibson, literalmente deu a cara para bater (antes do filme, Gibson se meteu num briga de bar e feriu o rosto, o que acabou possibilitando o diretor escolheu-lo para o papel),  se entregando por completo ao personagem e nos brinda com uma de suas melhores e mais memoráveis atuações. Presença frequente na extinta e saudosa Sessão das Dez do SBT, atualmente, infeliz e injustamente  sumido da programação televisiva do nosso país, Mad Max é um filmaço empolgante, até hoje imitado e insuperável. Nota 10,0.

Estrondoso sucesso mundo a fora a continuação foi inevitável. E em 1981, Miller e Gibson voltam com tudo em Mad Max  2 - A Caçada Continua, que consegue a proeza de ser melhor do que o primeiro filme, um feito cada vez mais raro (curiosamente, anos depois, Gibson estrelou outro segundo filme melhor que o original, Máquina Mortífera 2). Com uma clima bem mais sombrio que o primeiro filme, na trama Max anda errante pelas estradas, sobrevivendo por conta própria. A solidão e o egoísmo do personagem são deixados de lado quando cruza em seu caminho uma comunidade que tem cultiva uma refinaria e está sendo atacada por uma gangue de motoqueiros, cujo o líder usa a mesma máquina de hóquei do Jason da franquia Sexta-Feira 13. Quando assistir pela primeira vez, ainda na adolescência, quando passava com frequência na programação global, não gostava muito deste filme e achava inferior ao primeiro. Mas, anos depois, após conferi-lo na idade adulta, percebi que Mad Max 2 é um filmaço empolgante, com sequências de ação eletrizantes, um roteiro ainda bem mais elaborado e criativo que o original e Gibson ainda melhor na atuação. Nota 10,0 é pouca para um clássico tão empolgante e inesquecível.

Após uma continuação que supera o original, a saga de Max tem um desfecho em 1985, com Mad Max - Além da Cúpula do Trovão. Miller também divide a direção, com seu xará George Ogilvie, com um orçamento bem mais elevado. Seguindo à risca a regra do terceiro filme de uma franquia ser o mais fraco, desta vez Max vai parar em Bartetown, uma cidade no meio do deserto governada por uma tosca rainha, interpretada pela diva pop Tina Turner, que divide com Gibson o estrelato e interpreta a famosa canção que sempre é tocada quando é exibida a chamada de algum filme da trilogia. O cara entra na tal Cúpula do Trovão, uma arena mortal, mas nega detornar o seu adversário. Max é banido para o deserto, mas, encontra um grupo de crianças, que o considera como um salvador da pátria. Apesar de ter um enredo mais esperançoso que os outros filmes, o último filme da saga não mantém o mesmo nível dos filmes anteriores e encerra de forma decepcionante a saga. Nota 3,5.

Depois de quase trinta anos do último filme, Miller retornará a saga de Max no próximo ano, com Tom Hardy (visto recentemente na comédia romântica Guerra é Guerra!) no papel que era de Gibson, que será um dos produtores do filme e a presença da belíssima Charlize Theron no elenco. Intitulado Mad Max: Fury Road, a trama se passará alguns anos depois de Mad Max: Além da Cúpula do Trovão. As filmagens estão atrasadíssimas e últimas notícias colhidas na internete diziam que seriam iniciadas no último mês de abril. Fica a dúvida  se a franquia voltará com tudo. Por enquanto, só nos resta rever, principalmente os dois primeiros filmaços, que já foram lançados em DVD a bastante tempo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Gibson como Max, no terceiro filme da trilogia.
Personagem lhe levou ao estrelato.




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